[Crítica] O Telefone Preto: Não diga "alô", diga "alô Ethan"

Não li o conto de Joe Hill para analisar como adaptação, mas como um filme achei bem mais do mesmo. 
A história até traz uma parte dramática e importante sobre violência doméstica e vemos um cuidado bacana com a ambientação. O elenco mirim tem grande destaque, com todos entregues aos papéis. Porém, num contexto geral, "O Telefone Preto" tenta pegar carona na roupagem de produções como "Stranger Things" e "It: A Coisa", buscando esconder o fato de sua história não possuir profundidade alguma e do filme acabar sendo ineficaz naquilo que se propõe. 

Talvez por uma direção "arroz com feijão" de Scott Derrickson, que não parece se esforçar muito para alavancar o filme com o que tem em mãos, e um roteiro pouco inspirado e limitado (mesmo com algumas cenas sobrenaturais à la "O Sexto Sentido"), que não conseguiu criar uma identidade que me fizesse lembrar do que assisti por muito tempo. Fora que é bem difícil não perceber o quão desperdiçado Ethan Hawke foi, escondido boa parte do tempo por uma máscara que, mesmo conceitual, não consegue assustar nem crianças (mentira! Crianças, talvez...)
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★★ (Regular | Nota: 5/10)

*Visto em áudio original: Inglês | Legenda: PT-BR