Uma mistura de "Eu, Robô" (2004) com "A Órfã" (2009) e "Brinquedo Assassino" (2019), mas que de toda forma genérica capaz de ao menos entreter, acaba fracassando. A primeira coisa que percebi em "M3gan" foi seu roteiro inverossímil pela má construção dentro de sua própria proposta. E se como um sci-fi ele é pobre, como um filme de horror...
Escrito pela roteirista Akela Cooper (de "Maligno" e de "A Freira 2") e com uma história de James Wan (que também o produ$iu junto de Jason Blum), vemos um protótipo de boneca/robô construída nos bastidores de uma grande empresa (mesmo que com a praticidade de um tutorial na internet), que veio pra confrontar a ética em meio a evolução da inteligência artificial, mesmo sendo (a priore) cheia de bons costumes.
E seria tão bom se filmes como esse realmente não tentassem passar credibilidade. É nessa tentativa que às vezes eles acabam mostrando sua pobreza, afinal, se a proposta é ao menos divertir, ninguém vai ficar preocupado com um roteiro tão explicativo. O problema é a história ser ruim mesmo, independente da narrativa que escolhe seguir.
Nem os poucos momentos de alívio cômico conseguem fazer valer a pena. O tom ácido no humor é de gosto bem duvidoso, aparentemente com a boa intenção de confrontar (em alguns momentos) a questão da falta de sensibilidade nos relacionamentos. Isso acaba ofuscando o real significado do que seria "humor ácido".
E mesmo com uma premissa interessante e sua estética bem produzida, tudo acaba apagado pela falta de cuidado. M3gan, turn-off!
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★ (Muito ruim | Nota: 2/10)
*Visto em áudio original: Inglês | Legenda: PT-BR