[Crítica] Imaculada: que macularam-na

Se tratando de histórias com premissas parecidas, "O Convento" (Consecration, de 2023) consegue nos apresentar algo melhor, ou que pelo menos sirva para entreter. "Imaculada" consegue deixar ainda mais genérico algo que já se tornou redundante nos filmes de terror. 

E não sei nem se posso chamá-lo de "terror", já que sua proposta não parece querer focar no medo. O classificaria talvez como um suspense, com pouquíssimos toques de horror no final, e até mesmo de sci-fi (que me lembrou bastante o que vimos em "Jurassic Park", podem acreditar nessa absurda comparação).

O roteirista Andrew Lobel deve ter tido um lapso criativo inspirado no trecho de algum livro do Dan Brown, mas o problema foi todo o resto. O filme parece querer se sustentar mais na "polêmica" envolvendo questões religiosas do que propriamente com o que poderia nos apresentar como história. E isso sim é uma blasfêmia! Principalmente para quem está querendo apenas assistir um bom filme. Além disso, é inevitável falar de outro ponto degradante: a edição. A história já não possui um ritmo muito favorável e ainda temos uma montagem que piora bastante o interesse em conseguir passar de sua metade. Não assistam se estiverem com sono, a não ser que seja para dormir mesmo.


Apesar dos pesares é um filme bem produzido, com locações bonitas e até bem dirigido. Sydney Sweeney, como a protagonista, se esforça bastante, mas infelizmente o que sai como resultado final é insatisfatório (mesmo que até "apologético" eu diria, do ponto de vista religioso). Mas seguindo essa linha de seitas, recomendaria "O Convento" (2023), que já não é lá essas coisas, mas que pelo menos a seita se propor como um bom passatempo para nós.
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★★ (Fraco | Nota: 4/10)

*Visto em áudio original: inglês | Legenda: PT-BR