[Crítica] Cuckoo (2024)

Elementos interessantes e estranhos, interligados a uma história que consegue construir um mistério por não mostrar aquilo que na verdade não desenvolveu. É basicamente isso. “Cuckoo” (2024) acaba perdendo sua força depois de todo esse zum-zum-zum, entrando pra lista dos filmes superestimados. Mesmo eu assistindo com a hype baixíssima por conta do trailer, que já apresentava sinais de que provavelmente ele não seria tudo isso.

O suspense é praticamente todo sustentado pelas características peculiares de seus personagens, sejam os centrais ou os que vão aparecendo. Essa estranheza que nos faz olhar e pensar que todos ali estão escondendo alguma coisa. Uma pena que isso se perde em um enredo sem graça, e até os poucos elementos do terror que tentam utilizar do bizarro para assustar, entram por um furo e deixam o passarinho sem ninho.

A única cena realmente boa é a perseguição à noite quando a personagem está andando de bicicleta. Ali vemos algo diferenciado, que soube utilizar dos planos abertos e elevar o gênero. O diretor e roteirista alemão - Tilman Singer - pode alçar novos voos, mas dessa vez, o cuco saiu da casinha apenas pra fazer barulho e entrar novamente.
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★★ (Fraco | Nota: 4/10)

*Visto em áudio original: Inglês | Legenda: PT-BR