É difícil eu sentir interesse por filmes que se passam no espaço, mesmo que vez ou outra eu dê uma chance para ver o motivo do homem sair novamente para explorar a vastidão do universo. Em “Slingshot” (2024) essa missão “estilingue” parece querer nos mostrar uma história convencional a princípio, mas que surpreende bastante por conseguir utilizar de elementos simples e nos levar ao AUGE do que seria o suspense psicológico.
Um roteiro de R. Scott Adams e coescrito por Nathan Parker, de “Lunar” (2009) e “Our House” (2018), vemos elementos do sci-fi serem utilizados apenas para construir um ambiente onde o foco é outro e a ameaça vai muito além do que seu próprio título sugere. A direção de Mikael Hafström, do conhecido “1408” (2007), utiliza de seus "espaços" de forma brilhante, inserindo um bom ritmo nesse vai e vem paranoico que consegue entregar um resultado bem alto pelo que se propõe, principalmente por se tratar de uma história que escolheu se utilizar do básico.
As atuações competentes de Casey Affleck, Tomer Capone e Laurence Fishburne contribuem bastante para todo o conjunto da obra dar certo e chegar a outro patamar. É o tal do simples (porém criativo) bem executado, que todo mundo procura quando está querendo uma boa diversão. Mesmo que talvez esse seja um filme que possa dividir a opinião do público devido suas reviravoltas, mas que comigo funcionou muito bem.
Com uma estreia discreta nos EUA, espero que haja um bom retorno das bilheterias para incentivar a criatividade de seus criadores. Em filmes despretensiosos como esse, dá pra perceber que a intenção foi puramente mostrar um bom trabalho. Mesmo que um bom marketing pudesse torná-lo também um caça-níquel em que a diferença estaria em seus méritos.
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★★★★ (Ótimo | Nota: 8/10)
*Visto em áudio original: Inglês | Legenda: PT-BR