.jpg)
Sabemos que o negócio tá feio. Não tem como tratar de um assunto tão sério e real no entretenimento sem o mínimo de sensibilidade e noção. Então, como fazer um filme envolvendo catástrofe natural em pleno 2024, sem parecer escroto ou de alguma ideologia política/partidária, mesmo que a intenção seja apenas divertir o espectador com pessoas saindo voando em ventos de mais de 400 km/h e cidades sendo destruídas por fenômenos da natureza? A fórmula está aqui. Mesmo que ela não seja grande coisa.
Com um orçamento elevado de US$ 155 milhões, “Twisters” (2024) entrega pouco, enquanto se preocupa em entregar muito, mas consegue ser divertido e contornar os efeitos visuais repetidos e que parecem não ter a mesma força referente ao que estamos vendo em cena. Para compensar todos esses ataques sucessivos de tornados (que acredito já serem para compensar algo), uma cena no final surpreende pela criatividade imersiva, fazendo o espectador se sentir numa sessão 3D sem estar em uma. Algo raro e que merece uma salva de palmas.
.jpg) |
| Segura! Fui bater palma e voei pelo cinema em cena de "Twisters" |
O filme consegue perder tempo na insistência de formar casal improvável, possivelmente tóxico e desnecessário à história, enquanto tantos outros assuntos poderiam ter sido utilizados. Enfim, na hora que é pro filme fazer uma crítica social bacana e oportuna, ele não faz, e ainda coloca o povo pra dançar country num rodeio. Com isso, a ONU acaba ficando com o papel alarmista só para ela, enquanto o homem e as indústrias destroem o planeta, colocando depois toda a culpa na ocasionalidade dos furacões. Tudo isso poderia ter sido muito melhor.
___________________
★★★ (Bom | Nota: 6/10)
*Visto em áudio original: Inglês | Legenda: PT-BR