Não importa a quantidade de jump scares ou se os efeitos práticos e violência gráfica estariam novamente presentes. O que fez muita gente se interessar por essa sequência de “Sorria” foi ver o talento de Naomi Scott como pop star, vamos falar a verdade. Depois da cantoria e grandes performances como Jasmine no excepcional live-action de Aladdin (2019), não era pra menos. A diferença é que agora haveria gritos de horror enquanto ela mantinha a voz afinada nos intervalos dos shows.
O diretor e roteirista Parker Finn retorna para nos fazer sorrir. Mesmo que essa sequência tenha um enredo confuso em um emaranhado de coisas mal resolvidas, e isso acabe prejudicando bastante a experiência num todo. Para ser sincero, o primeiro filme já não havia me impressionado tanto, ficando dentro apenas do que seria um entretenimento “ok”, com bons jump scares e efeitos práticos.
Agora temos uma personagem central mais carismática e interessante, mesmo que esse contrapeso de um roteiro mal organizado também esteja ali. O desenvolvimento sobre um passado de traumas é atropelado pela entidade pirralha que passa a perseguir nossa diva, fazendo-a questionar sobre sua sanidade e testar a concentração de Naomi Scott, que não pode rir daquela situação e atrapalhar a cena assustadora.
Mesmo que o espectador esteja sabendo o tempo todo sobre o que está acontecendo, um plot twist no final ajuda o filme. Mas colocando tudo numa balança, “Sorria 2” fica devendo bastante, inclusive, alguns momentos chegam bem próximos do fiasco, com diálogos ruins e uma execução beirando o pastiche.
O que salva realmente é a atuação de Naomi Scott, mesmo que seu esforço durante 2 horas de filme tenha sido num contexto penoso. Convenhamos que nem o primeiro filme, nem esse, precisavam ter essa duração toda. A questão é que com o sucesso nas bilheterias, bem provável que tenhamos que sorrir mais uma vez. Apenas, claro, se houver um casting interessante.
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★★ (Regular | Nota: 5/10)
*Visto em áudio original: Inglês | Legenda: PT-BR