[Crítica] Drop: Ameaça Anônima (2025)


Christopher Landon fica refém dos roteiristas de "Verdade ou Desafio" (2018) e “A Ilha da Fantasia” (2020), mas consegue conduzir um bom suspense, fazendo com que um simples encontro amoroso se torne único. “Drop” (2025) consegue sustentar uma ameaça absurda e nos inserir em sua paranoia, indo muito além de um restaurante chique, cheio de pessoas suspeitas com celulares na mão.


Um filme do “Supercine” com bons drinks enquanto se escolhe um prato sofisticado, se passando, em boa parte de sua duração, nesse restaurante repleto de câmeras de segurança, com garçons prestativos e música ambiente, nos envolvendo na apreensão de sua história que, a princípio, parece superficial, mas que acaba revelando os mistérios ocultos de muitas bios no aplicativo de paquera.

O que segura bastante nosso interesse é a atuação de Meghann Fahy e Brandon Sklenar, que agem naturalmente sentados numa mesa enquanto situações desconfortáveis, estranhas e perigosas vão desenrolando um encontro que era pra ter sido normal. O único problema em “Drop: Ameaça Anônima” está em seu ato final. Mesmo com um plot twist interessante, vemos que todo seu enredo quase cai (literalmente) em seus próprios exageros e improvisos.

O humor já é uma marca de Christopher Landon, mas senti que ele poderia ter contribuído um pouco mais nesse quesito. Houve oportunidades e ele poderia ousar. Claro que sem perder o equilíbrio e o foco numa proposta mais séria. “Drop” (2025) consegue nos divertir, sustentar seus absurdos e criar um bom nível de paranoia, independente de seus problemas. O filme perfeito para se ver no Dia dos Namorados.
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★★★ (Bom | Nota: 6/10)

*Visto em áudio original: Inglês | Legenda: PT-BR