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Tirando o excelente design de produção (única coisa que impressiona), é um suspense comum. O problema nem seria no ritmo lento, mas na história fraca. Mesmo com os personagens sendo bem desenvolvidos em suas quase 2 horas de duração, a preocupação do diretor Edgar Wright parece estar focada apenas na ambientação, na luz néon e numa maquiagem borrada almejando identidade.
Uma coincidência: "Promising Young Woman" foi lançado em janeiro de 2020 em Sundance. Edgar Wright lança "Noite Passada em Soho" em setembro de 2021 no Festival de Veneza, com um roteiro coescrito por ele e Krysty Wilson-Cairns. Ambos filmes abordam questões sociais bem sérias e parecidas, onde a diferença é que o primeiro filme foi dirigido e escrito por uma mulher.
Em "Noite Passada em Soho" o questionamento é até que ponto as personagens centrais - interpretadas por Anya Taylor-Joy e Thomasin McKenzie - estarão "unidas", sem passar do limite naquilo que seria correto. Esse e outros questionamentos são sutilmente levantados, numa linha que separa o sobrenatural do psicológico, enquanto a definição do que seria "moral" passa por equivocado, independente do que você acredite. Dessa forma, "Noite Passada em Soho" perde a força por não conseguir se estabelecer dentro de sua própria história.
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| A conexão entre duas mulheres é mais forte em "Noite Passada em Soho" |
O que "Noite Passada em Soho" tem de melhor, a interposição entre passado - presente, acaba ficando mal explorado, e quando chega sua reviravolta final, além da história já estar capengando, é aí que voltamos a falar sobre o quanto esse filme acaba se tornando polêmico e problemático. Talvez Edgar Wright acabou tendo um "senso de justiça" esquecendo de ser coerente ao próprio contexto de seu filme.
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★★ (Regular | Nota: 5/10)
*Visto em áudio original: Inglês | Legenda: PT-BR