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| "Depois de tudo o que passamos, você ainda acha que eu vou me assustar com fantasmas?" |
Uma vez ou outra os serviços de streaming acertam. Enquanto andam cancelando o que eles tem de melhor (suas séries originais), os filmes vêm tentando conseguir um certo "selo de qualidade". E com "O Que Ficou Para Trás" (2020) eles conseguem iniciar, mesmo que seja uma exceção em meio a tanta coisa de qualidade duvidosa que anda surgindo por aí, principalmente no gênero terror. Que bom que esse surpreendeu e o que ele carrega é algo muito maior do que o que ficou para trás.
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A direção e o roteiro de Remi Weekes chegam a inspirar, e mesmo o enredo tendo um ritmo muito acelerado, que se atropela em cenas sobrenaturais e por ora, perde bastante o "timing", o que vemos como conclusão é algo diferente e que acaba ficando acima de suas insistências.
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Com a mesma intensidade que nos assusta, "O Que Ficou Para Trás" também nos deixa refletindo sobre como nossa mente é um vasto campo cinematográfico em busca de respostas, onde muitas vezes não conseguimos enxergar o motivo de estarmos vendo tantos fantasmas.
Uma curiosidade é que essa foi uma das poucas vezes que achei o título nacional ("O Que Ficou Para Trás") melhor que o título original da obra ("His House"). E "ficou para trás" somente no título porque é um filme marcante, principalmente para quem conseguiu entender sua proposta.
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| Sope Dirisu em cena de "O Que Ficou Para Trás" (2020) |
Para quem gosta de filmes que usam de metáfora e simbologia, colocando a psicologia como antagonista, esse é um prato cheio. Junto com o suspense "Você Deveria Ter Partido", ele consegue cumprir seu papel em passar várias emoções, sendo efetivo tanto no terror como no drama. Porém, o que transcende as telas em toda essa história é o seu drama. Ele sim é assustador.
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★★★★ (Ótimo | Nota: 8/10)
*Visto em áudio original: Inglês | Legenda: PT-BR