[Crítica] The Old Guard 2 (2025): Trago um abaixo-assinado à Netflix

Já no primeiro filme de 2020 ficou claro que o formato da história de "The Old Guard" estaria mais perto de uma série do que de um filme. Cinco anos depois, com sua tão aguardada sequência, vemos que isso se confirmou de uma forma ainda mais explícita.

Com a mudança na cadeira de direção, agora com Victoria Mahoney de “Gritando para o Céu” (2011), e o roteiro (necessariamente) continuando nas mãos de Greg Rucka, autor da HQ ao qual os filmes são baseados, minhas expectativas por essa sequência foram supridas, mas de uma forma um tanto polarizada: por um lado, feliz em ver que boa parte do que há no primeiro filme também se encontra nesse (mesmo com a mudança de diretora), porém, com um final propositalmente inconclusivo, nos deixando sem saber como a história termina. E o que é pior! Sem a certeza de que a Netflix confirmará uma “parte 3”. 

Diferente do primeiro, que deixa um gancho para uma sequência, o que vemos aqui é uma falta de desfecho referente ao seu desenvolvimento. Talvez tivesse soado de forma mais assertiva se houvesse uma organização melhor quanto a sua estrutura e a idealização de se tornar uma franquia (já que não é uma série). Exemplo: Se o filme se chamasse “The Old Guard 2: Parte 1”, ou simplesmente já houvesse um terceiro filme encaminhado, teria ficado menos estranho. 

Por isso, invocamos agora toda a diretoria da Netflix e esperamos PELO MENOS mais um filme com o final dessa batalha. Afinal, os fãs existem, não são trouxas, e Greg Rucka já deve ter algo preparado pra continuar pagando seus boletos.

Apesar desse “probleminha", fico feliz pelo nível do filme ter se mantido lá no alto. Mesmo que sem tantas músicas arrebatadoras em sua trilha sonora, com cenas de ação um pouco confusas e as cenas de luta apresentando uma leve decaída. O que mantém ‘The Old Guard 2” (2025) elevado é a força de seus personagens e um roteiro que volta aos seus diálogos profundos sobre alinhamento de propósito e a valorização da vida perante a morte, seja na mortalidade ou imortalidade. Sem a necessidade, claro, de falar sobre o embate entre os personagens de Charlize Theron e Uma Thurman, capaz de botar fogo em Roma e trazer... 

[Review encerrada como no filme, sem um desfecho. Esperando pela “parte 3”...]

____________________________

★★★★ (Ótimo | Nota: 8/10)

*Visto em áudio original: Inglês | Legenda: PT-BR