[Crítica] Hallow Road (2025): Como um conto de terror


Mesmo com uma proposta já bem utilizada no gênero, temos aqui um filme que pode deixar muitos com os pelos da nuca eriçados na calada da noite. “Hallow Road” (2025) possui apenas 80 minutos de duração, com uma narrativa que vai direto ao ponto e lembra bastante os contos de terror, mesmo que toda sua construção se mantenha em um suspense pendurado numa ligação de urgência. 
Com Rosamund Pike encabeçando o elenco e um roteiro que consegue revelar os elementos de sua história aos poucos, como um quebra-cabeça, nossa atenção fica presa a uma simples situação – um casal recebe uma ligação de sua filha pedindo ajuda às 2 horas da madrugada porque se envolveu em um acidente de carro numa estrada isolada. Acompanhamos essa conversa e orientações ao telefone durante todo o trajeto até o local do acidente, sem sabermos ao certo quem está com a filha deles e qual cenário eles estarão prestes a encontrar quando chegarem lá.

A direção de Babak Anvari, de “Sob a Sombra” (2016), consegue fazer a “corrida do GPS" não cair no tédio, e a estrada “Hallow” se transformar em algo bem estranho. Claro que temos atuações que seguram todo o enredo, que se passa o tempo todo dentro de um carro praticamente. Além de alguns pontos nos efeitos sonoros soarem indevidos ou exagerados. Porém, o que esse filme consegue entregar dentro de sua proposta curta e simples é o que chama bastante atenção.

Hallow Road” (2025) consegue surpreender e nos fisgar em seu suspense psicológico, juntamente de seu drama familiar que está ali para alavancar e dar liga a uma história que intenta uma única coisa além de proporcionar um ótimo suspense: nos dar arrepios. Mesmo que, assim como o muito bom "Até a Morte" (2021) e o excepcional "You'll Never Find Me" (2023), esse seja um filme que terá seu grande efeito apenas na primeira vez.
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★★★★ (Ótimo | Nota: 8/10)

*Visto em áudio original: Inglês | Legenda: PT-BR