[Crítica] Birth/Rebirth: Um drama/sci-fi que nem nasceu


Aqui temos o significado de "renascimento" levado ao pé da letra. "Birth/Rebirth" é um filme sobre como o ser humano lida com a morte/luto e os extremos que uma mente pode chegar quando, na verdade, ela não soube lidar com isso. Mesmo sendo inspirado na obra de "Frankenstein", ele carrega algo muito parecido com a obra macabra de Stephen King - "O Cemitério". A diferença é que nesse filme, escrito e dirigido por Laura Moss, a escolha é pela ciência, não pelo sobrenatural/mitológico.

O serviço de streaming Shudder (focado no terror) vem chamando bastante atenção dos fãs do gênero com seus lançamentos, assim como a produtora A24. E mesmo que nem sempre seus filmes agradem a todos, ao menos conseguimos perceber uma certa preocupação em estabelecer um selo. Acredito que não é qualquer ideia inusitada que eles vão dar aval e aqui, até temos algo interessante.

A roupagem de "Birth/Rebirth" é o drama + sci-fi. Mesmo que o horror seja algo apenas escondido dentro disso tudo. A atriz Marin Ireland (do terrorzão "Demoníaca" - The Dark and the Wicked) carrega boa parte do filme com sua performance, mesmo que isso não seja o suficiente pra fazer com que ele se torne algo realmente relevante, independente para qual gênero - drama, ficção científica ou horror.

Marin Ireland entregue em "Birth/Rebirth"

É aquele caso de ideia que tenta chamar mais atenção pelo conteúdo bizarro/polêmico que carrega, disfarçado de uma loucura extrema, mas sem conseguir impacto e se consolidar em nenhuma de suas pretensões. Talvez na necessidade de corresponder tanto no "renascimento", "Birth/Rebirth" na verdade não acabou nem nascendo.
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★★ (Fraco | Nota: 4/10)

*Visto em áudio original: inglês | Legenda: PT-BR